dos bons concertos.

Já há alguns anos que queria ir ao Nos Alive. Nunca se tinha proporcionado pelas mais diversas razões mas este ano, quando vi que os Cage The Elephant estavam confirmados para o dia 8 Julho, não consegui deixar passar. Decidi ir só nesse dia, comprei o bilhete uma semana antes de esgotar e no sábado passado lá estive eu no Passeio Marítimo de Algés. Para além dos Cage The Elephant, o cartaz tinha outros nomes que me agradavam bastante como Fleet Foxes, Depeche ModeImagine Dragons. Ou seja, um cartaz muito heterogéneo o que acabou por se revelar numa experiência muito positiva. Quero falar-vos dos concertos em particular mas no geral ir ao Nos Alive confirmou uma teoria que já tinha há algum tempo: vale sempre a pena gastar dinheiro em festivais e concertos.
Comecei o festival no palco Heineken a ouvir os portugueses Plastic People e, apesar de não os conhecer, acabei por gostar imenso. Transmitem um espírito muito positivo e sem sombra de dúvida que fazem bom rock de garagem. Entretanto mudei para o palco principal e ainda ouvi uma ou duas músicas de Black Mamba mas sinto que não foi o suficiente para perceber a dimensão da banda ao vivo. De seguida assisti ao concerto dos Kodaline. Eram provavelmente uma das bandas em que tinha menos interesse. Não estão dentro daquilo que costumo ouvir e apenas conhecida uma ou outra música muito ligeiramente. No entanto, protagonizaram um momento agradável, sem dúvida. São muito bons dentro do género, não posso negar. Além disso, aquele vocalista é um fofo e o guitarrista não lhe fica nada atrás.
Os Imagine Dragons são também uma banda que não ouço diariamente mas que tiveram uma energia e uma presença em palco que me deixaram rendida. Surpreendi-me a mim própria porque percebi que até conhecia a maior parte das músicas e acabei por cantar imenso durante todo o concerto. Foi um dos pontos mais dinâmicos e energéticos da noite, sem dúvida. O vocalista corre o palco de uma ponta à outra mas o guitarrista também marcou a sua presença e protagonizou um momento a solo que foi para mim uma das melhores partes do concerto.
Fleet Foxes eram obrigatórios para mim. Ao passar do palco principal para o palco Heineken acabei por perder parte do concerto mas ainda pude apreciar o momento em que cantaram músicas como a Mykonos, a White Winter Hymnal ou a magnífica Helplessness Blue. Foi lindo, o sorriso constante do Robin Pecknold dizia tudo - a voz dele é igual à sua voz de estúdio, irrepreensível. No geral, são uma banda muito musical e com a capacidade de só nos transmitir boas energias. Mereciam um palco Heineken cheio e entusiasmado mas infelizmente não o tiveram.
A seguir corri para ver os Depeche Mode, os cabeça de cartaz. Não conheço todo o seu reportório mas conheço muita coisa pelo que gostaria de ter aproveitado melhor o concerto. Fiquei perdida no meio da multidão e ver pelos ecrãs não é a mesma coisa. Mesmo assim, foi muito bom dançar ao som do seu rock mais electrónico, cantar a nova Where's The Revolution e ouvir alguns dos seus belos clássicos. Além de ter ficado mal posicionada durante todo o concerto ainda tive de sair antes do final porque coincidia com o início dos Cage The Elephant - e destes eu não podia perder um segundo. Prioridades.
Como dizia o título do jornal Público, num trocadilho com a letra dos Depeche Mode, a revolução esteve no palco Heineken. Os Cage The Elephant colocaram aquele pequeno espaço secundário a abarrotar. Não foi surpresa para mim porque sempre estive ciente do poder desta banda. O Matt Shultz tem energia para dar em vender mas o público não ficou atrás. Notava-se que maior parte das pessoas - eu incluída - foram ali para os ver. Todas as músicas foram cantadas como se de singles se tratassem e todas as letras estavam na ponta de língua - a voz do Matt chegou mesmo a perder-se na multidão. Todos saltavam e cantam em uníssono do primeiro ao último minuto. Foi lindo, do caraças mesmo. O vocalista terminou sem t-shirt - e eu com vontade de tirar a minha - e quase sem forças - e garanto-vos que não foi o único. Curiosidade: o meu mais recente ídolo estava no palco Heineken, tinha cerca de 70 anos e uma t-shirt dos Cage vestida. 
Depois de uma pausa regressei ao palco secundário para assistir a Peaches sem ter ideia nenhuma do que se tratava. Resumindo, é o verdadeiro significado de dar tudo sem deixar nada. A artista canta uma espécie de música electrónica chamada electroclash. Por voltas das duas e meia da manhã é algo que se ouviria bem mas a parte visual deixa muito a desejar. É um espectáculo com um cariz obviamente sexual e, a meu ver, com uma ideologia a tender para o feminazi. Não aprecio.
Marcaram presença no Nos Alive? Contem-me tudo!

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5 Comentários

  1. Nunca fui ao NOS Alive, mas realmente os festivais têm uma energia contagiante! :)

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  2. Estavas com um ar tão feliz babe! Adorava ter ido, a sério!
    THE PINK ELEPHANT SHOE

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  3. Não conhecia Cage The Elephant, fui completamente às escuras e foi para mim o segundo melhor concerto do NOS Alive inteiro :)

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  4. Olha que belo resumo aqui fizeste, esse entusiasmo com Cage eu tinha e continuo a ter pelos Foo Fighters. Vale muito a pena ir a um festival, curtir o som e ambiente, espero voltar em breve. PF: o meu bilhete foi prenda de Natal imagina a minha espera ahahahaha. Estavas muito gira!

    Beijinhooo
    Rtissima Blog

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