sobre a vida na universidade.
Ir para a universidade é uma fase desafiante, que implica mudanças e múltiplos desafios. Não acredito que sejam os melhores anos da nossa vida mas acho que devem ter direito a um lugar no pódio porque nos fazem crescer e porque trazem para a nossa vida novas pessoas, novos lugares e novas ideia.
Esta publicação é para todos aqueles que este ano vão para o primeiro ano da faculdade, aqueles que estão como eu estava há um ano atrás. É normal que hajam dúvidas e um leve nervosismo mas mudar de cidade, de casa e de escola não é assim tão assustador quanto parece. Eu queria muito partilhar com vocês a minha experiência do primeiro ano e por isso decidi dividir esta publicação em temas, aqueles que acho que levantam mais dúvidas:
Esta publicação é para todos aqueles que este ano vão para o primeiro ano da faculdade, aqueles que estão como eu estava há um ano atrás. É normal que hajam dúvidas e um leve nervosismo mas mudar de cidade, de casa e de escola não é assim tão assustador quanto parece. Eu queria muito partilhar com vocês a minha experiência do primeiro ano e por isso decidi dividir esta publicação em temas, aqueles que acho que levantam mais dúvidas:
1. Uma nova cidade
Sempre tive em mente ir para Lisboa e por isso a ideia de me mudar para uma grande cidade não me assustou em nada. É uma cidade que adoro de paixão e de onde não tenciono sair tão cedo. Apesar de me ter perdido imensas vezes - por exemplo, andei uma hora no meio da rua à procura da minha faculdade no primeiro dia - e de me ter enganado no autocarro outras tantas vezes, acho que posso dizer que me adaptei muito bem à cidade. Agora parece que a cidade ficou mais pequena e que perdeu um pouco da sua confusão. No entanto, ainda me sinto muitas vezes turista em Lisboa pois há sempre novos sítios para descobrir e acho que é este o ponto mais positivo de mudar de cidade - a mudança em si, o conhecer novos sítios.
Sempre tive em mente ir para Lisboa e por isso a ideia de me mudar para uma grande cidade não me assustou em nada. É uma cidade que adoro de paixão e de onde não tenciono sair tão cedo. Apesar de me ter perdido imensas vezes - por exemplo, andei uma hora no meio da rua à procura da minha faculdade no primeiro dia - e de me ter enganado no autocarro outras tantas vezes, acho que posso dizer que me adaptei muito bem à cidade. Agora parece que a cidade ficou mais pequena e que perdeu um pouco da sua confusão. No entanto, ainda me sinto muitas vezes turista em Lisboa pois há sempre novos sítios para descobrir e acho que é este o ponto mais positivo de mudar de cidade - a mudança em si, o conhecer novos sítios.
2. Viver sozinho
Mudar de cidade significa passar a viver sozinho, ou seja, implica sair de casa dos pais. Acho que neste ponto o essencial é perceber que o mesmo que têm de liberdade têm de responsabilidade. É óptimo poder chegar a casa às horas que queremos e sair quando e para onde queremos sem dar satisfações a ninguém. Um amigo liga-nos a uma segunda às dez da noite para irmos ter com ele? Tudo bem, saímos e não temos de justificar para onde e com quem vamos. Isto é o lado bom de viver sozinhos - a liberdade. O que não é tão bom é ter de cozinhar todos os dias, é chegar as casa e as vossas preocupações serem pôr a máquina a lavar e ir ao Pingo Doce e é ter de fazer limpezas constantemente. Vai haver dias em que vão jantar cereais e na melhor das hipóteses só vão ter paciência para fazer massa com atum - o único peixe que vão comer durante a licenciatura. Vão jantar à meia noite porque entre aulas, estudar, limpar e ir às compras, comer não é prioridade e só o fazem quando têm tempo. Também vão passar um mês sem limpar o quarto e arrepender-se disso. Podem ter a sorte de a vossa mãe vos mandar tupperwares com comida para a semana toda e de vos lavar a roupa ao fim-de-semana mas se forem como eu vão ter mesmo de se desenrascar sozinhos. Se não souberem em que lado se coloca o detergente na máquina de lavar ou a que temperatura têm de lavar aquela t-shirt de que tanto gostam, podem sempre ligar à vossa mãe ou ir ao youtube.
É mau mas acho que a parte da liberdade acaba por compensar.
Mudar de cidade significa passar a viver sozinho, ou seja, implica sair de casa dos pais. Acho que neste ponto o essencial é perceber que o mesmo que têm de liberdade têm de responsabilidade. É óptimo poder chegar a casa às horas que queremos e sair quando e para onde queremos sem dar satisfações a ninguém. Um amigo liga-nos a uma segunda às dez da noite para irmos ter com ele? Tudo bem, saímos e não temos de justificar para onde e com quem vamos. Isto é o lado bom de viver sozinhos - a liberdade. O que não é tão bom é ter de cozinhar todos os dias, é chegar as casa e as vossas preocupações serem pôr a máquina a lavar e ir ao Pingo Doce e é ter de fazer limpezas constantemente. Vai haver dias em que vão jantar cereais e na melhor das hipóteses só vão ter paciência para fazer massa com atum - o único peixe que vão comer durante a licenciatura. Vão jantar à meia noite porque entre aulas, estudar, limpar e ir às compras, comer não é prioridade e só o fazem quando têm tempo. Também vão passar um mês sem limpar o quarto e arrepender-se disso. Podem ter a sorte de a vossa mãe vos mandar tupperwares com comida para a semana toda e de vos lavar a roupa ao fim-de-semana mas se forem como eu vão ter mesmo de se desenrascar sozinhos. Se não souberem em que lado se coloca o detergente na máquina de lavar ou a que temperatura têm de lavar aquela t-shirt de que tanto gostam, podem sempre ligar à vossa mãe ou ir ao youtube.
É mau mas acho que a parte da liberdade acaba por compensar.
3. Partilhar casa
Um dos meus maior medos ao ir para a faculdade era o facto de ter de partilhar casa. Nem se colocou a hipótese de viver sozinha visto que era economicamente impossível e por isso acabei a partilhar casa com mais quatro raparigas. E ainda bem. Foi das melhores experiências que já tive e conheci pessoas de quem realmente gosto. Acho que ajudou o facto de sermos todas caloiras pela primeira vez a morar em Lisboa pois normalmente as pessoas estranham eu dar-me tão bem com as minhas colegas de casa. Nós saímos juntas à noite, jantamos todas no sofá a ver filmes e programas sem interesse nenhum e até vamos ao cinema. É bom dar-nos bem com quem vivemos na faculdade pois é a nossa primeira casa e será onde vamos passar a maior parte do nosso tempo, ainda para mais se não formos a casa todos os fins-de-semana. Claro que vão sempre haver pequenos problemas relacionados com as limpezas e com a casa mesmo que se dêem todos bem mas faz parte.
Um dos meus maior medos ao ir para a faculdade era o facto de ter de partilhar casa. Nem se colocou a hipótese de viver sozinha visto que era economicamente impossível e por isso acabei a partilhar casa com mais quatro raparigas. E ainda bem. Foi das melhores experiências que já tive e conheci pessoas de quem realmente gosto. Acho que ajudou o facto de sermos todas caloiras pela primeira vez a morar em Lisboa pois normalmente as pessoas estranham eu dar-me tão bem com as minhas colegas de casa. Nós saímos juntas à noite, jantamos todas no sofá a ver filmes e programas sem interesse nenhum e até vamos ao cinema. É bom dar-nos bem com quem vivemos na faculdade pois é a nossa primeira casa e será onde vamos passar a maior parte do nosso tempo, ainda para mais se não formos a casa todos os fins-de-semana. Claro que vão sempre haver pequenos problemas relacionados com as limpezas e com a casa mesmo que se dêem todos bem mas faz parte.
4. Estudo, trabalhos & exames
A pior parte da universidade é a própria universidade. São as aulas, o estudo, os exames e os trabalhos. O normal é que seja cem vezes mais difícil que o secundário e cem vezes mais trabalhoso. Acho que o meu maior problema neste primeiro ano foi sem dúvida o tempo. Nunca tinha tempo para nada e em semanas mais complicadas com frequências todos os dias e ainda trabalhos para entregar eram as horas de sono que acabavam por ficar comprometidas. Houveram muitas noites em que dormi duas horas. Outras em que cheguei a casa às oito da manhã por ter ficado a noite toda a fazer trabalhos na universidade, em que dormi uma ou duas horas e fui para a universidade outra vez para os apresentar. Foram semanas e dias mais difíceis mas que acabaram por compensar visto que não deixei cadeiras e até fiquei com boa média. Provavelmente vai vos acontecer a vocês e de certeza que me vai acontecer a mim neste segundo ano outra vez.
A pior parte da universidade é a própria universidade. São as aulas, o estudo, os exames e os trabalhos. O normal é que seja cem vezes mais difícil que o secundário e cem vezes mais trabalhoso. Acho que o meu maior problema neste primeiro ano foi sem dúvida o tempo. Nunca tinha tempo para nada e em semanas mais complicadas com frequências todos os dias e ainda trabalhos para entregar eram as horas de sono que acabavam por ficar comprometidas. Houveram muitas noites em que dormi duas horas. Outras em que cheguei a casa às oito da manhã por ter ficado a noite toda a fazer trabalhos na universidade, em que dormi uma ou duas horas e fui para a universidade outra vez para os apresentar. Foram semanas e dias mais difíceis mas que acabaram por compensar visto que não deixei cadeiras e até fiquei com boa média. Provavelmente vai vos acontecer a vocês e de certeza que me vai acontecer a mim neste segundo ano outra vez.
5. A vida académica
No que diz respeito à vida académica não sou a melhor pessoa para vos falar das praxes, trajes e afins. Fui praxada na faculdade onde entrei na primeira fase mas quando mudei na segunda fase não participei nas praxes e também não trajei. Eu aconselho-vos a experimentar se ainda não têm uma ideia definida e a decidir por vocês próprios. Acho que não há que ter medo, eu não detestei as praxes mas também não acho que seja algo onde se aprenda alguma coisa. Não sou anti-praxes e tenho muito respeito por quem participa até porque nunca me senti excluída nem nada do género por não ter ido às praxes na segunda fase. Aliás, a maioria dos meus amigos - para não dizer todos - foram praxados e trajaram e por mim tudo bem e acho que por eles também.
No que diz respeito a festas se têm a ideia que vão sair todas as semanas dia sim dia sim, estão enganados. Não vai acontecer porque vão ter mais que fazer e pouco dinheiro para gastar. No entanto, vão haver muitos jantares, vão haver outros tantos aniversários, vão haver imensas noites e tardes dedicadas à vida académica. Que, verdade seja dita, vão ser os vossos melhores momentos da universidade e por isso o melhor é aproveitar - sem condenar a licenciatura - sempre que pudermos seja quarta, quinta ou sexta ou mesmo que tenham de fazer directa na próxima semana para estudar para a frequência.
No que diz respeito à vida académica não sou a melhor pessoa para vos falar das praxes, trajes e afins. Fui praxada na faculdade onde entrei na primeira fase mas quando mudei na segunda fase não participei nas praxes e também não trajei. Eu aconselho-vos a experimentar se ainda não têm uma ideia definida e a decidir por vocês próprios. Acho que não há que ter medo, eu não detestei as praxes mas também não acho que seja algo onde se aprenda alguma coisa. Não sou anti-praxes e tenho muito respeito por quem participa até porque nunca me senti excluída nem nada do género por não ter ido às praxes na segunda fase. Aliás, a maioria dos meus amigos - para não dizer todos - foram praxados e trajaram e por mim tudo bem e acho que por eles também.
No que diz respeito a festas se têm a ideia que vão sair todas as semanas dia sim dia sim, estão enganados. Não vai acontecer porque vão ter mais que fazer e pouco dinheiro para gastar. No entanto, vão haver muitos jantares, vão haver outros tantos aniversários, vão haver imensas noites e tardes dedicadas à vida académica. Que, verdade seja dita, vão ser os vossos melhores momentos da universidade e por isso o melhor é aproveitar - sem condenar a licenciatura - sempre que pudermos seja quarta, quinta ou sexta ou mesmo que tenham de fazer directa na próxima semana para estudar para a frequência.
Sei que ficou um pouco longo mas espero que gostem. Não se esqueçam de partilhar as vossas histórias da universidade ou dúvidas, caso seja o vosso primeiro ano. Beijinhos
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4 Comentários
Por onde é que procuraste a casa? Um site, jornais,..? É o meu primeiro ano na universidade e também vai ser em Lisboa mas ainda não encontrei casa e portanto vou ficar na casa da minha tia no primeiro mês o que significa que a urgência em encontrar um sítio é grande!
ResponderEliminarJá agora, o posto está ótimo, beijinhos!
Olá. Eu apenas procurei casa na internet através de sites como o Imovirtual, o Bquarto, o casa.sapo.pt e sites desse género. Tenta pesquisar no Google por apartamentos/quartos para arrendar em Lisboa, até podes mesmo pesquisar para estudantes, e vai vendo os vários sites. Demorei algum tempo a encontrar casa por isso recomendo-te que comeces a procurar e até mesmo a visitar casas para saber de gostas da localização e das condições assim que puderes.
EliminarMuito obrigada, Beijinhos <3
Não passei pela faculdade, mas gostei imenso de ler sobre a tua experiência querida :)
ResponderEliminarTHE PINK ELEPHANT SHOE | FACEBOOK | INSTAGRAM |
Adorei o post! Vou este ano para a faculdade e tenho tanto medo...
ResponderEliminarBeijinhos
That Girl