os favoritos de março.

Começamos pela máscara de argila da Cattier, um pequeno milagre. A minha pele andava com algumas borbulhas e pontos negros - coisa com a qual nunca tive grandes problemas - e lembrei-me que tinha visto um vídeo no youtube a falar desta máscara e decidi arriscar. Valeu totalmente a pena porque ajudou imenso na oleosidade e na cicatrização das borbulhas. Por cerca de três no Celeiro é sem dúvida um produto que vou manter e usar sempre. No que a pele diz respeito tenho ainda que vos falar deste creme para peles mistas da Biotherm. Ele é um shot de hidratação - é da linha Aquasource - para a vossa pele ao mesmo tempo que tem uma textura em gel muito fresca e que é rapidamente absorvida - perfeito para mim que odeio cremes. O preço não é dos mais acessíveis em Portugal mas tentem na Primor pois além de ser um site espanhol tem sempre promoções a acontecer.
Não é um favorito do mês de Março, é um favorito da vida porque é a segunda vez que tenho o prazer de o ler. "As Intermitências da Morte" é um livro que fala essencialmente sobre um dia em que as pessoas deixaram de morrer. A partir daí segue-se uma crítica social dura e ironizada que continua ao de leve quando a morte regressa ao seu estado "normal". Com aspas porque as pessoas voltam a morrer mas as coisas não voltam propriamente ao que eram antes. Assim, inicia-se a que considero a segunda parte deste livro onde a morte é tratada como se fosse uma pessoa. Os últimos capítulos - bem como todo o livro - são simplesmente brilhantes. Desapeguem-se do Memorial do Convento e do medo da escrita e aventurem-se neste livro. O José Saramago tem muita coisa boa sejam as ideias originais, os pensamentos sobre a vida, as grandes metáforas, a ironia e até mesmo a forma de escrita que eu, pessoalmente, adoro.
 A história da Bela e do Monstro é talvez das mais bonitas da Disney e por isso merecia mesmo uma versão live-action. O mundo parou para assistir a este novo filme e a geração dos anos 90 que cresceu a ver as animações foi talvez a que mais entusiasmada ficou.
O filme está lindíssimo. A história está idêntica à original e as mudanças só a vieram melhorar. O facto da Bella ser também uma inventora, de desenvolverem um pouco mais as questões feministas - nada em excesso, atenção - e de introduzirem muito subtilmente uma personagem gay tornou a história ainda mais especial. Quanto ao filme em si existem poucas coisas a apontar. A imagem e as cores estão muito bonitas, as caracterizações e as roupas igualmente, o elenco encaixou na perfeição e as músicas não perderam a sua magia. A Emma Watson aparece lindíssima em todos os segundos e o auto-tune não me chateia porque passa perfeitamente despercebido. A única cena em que fiquei a desejar mais foi a do baile. Vi-o no cinema e saí de lá a achar que a vida é um mar de rosas cheio de coisas boas e este é o objetivo dos filmes da Disney, fazer-nos sonhar, pausar a realidade e encher-nos o coração. Posso dizer que a meta final foi atingida.
Se há filme que é um favorito deste mês esse filme é o Capitão Fantástico. Um pai, seis filhos e uma cabana na floresta podia ser um título alternativo. Este filme retrata a história de uma família que tem um estilo de vida diferente. Vivem na floresta em contacto com a natureza, fazem exercício físico todos os dias, cultivam os próprios alimentos, caçam e aprendem através de livros e de aulas dadas pelo pai. No entanto, este estilo de vida perfeito acaba por revelar alguns problemas. O que parece uma ode contra o capitalismo acaba por ser muito mais que isso. O filme é sobre liberdade mas é também sobre equilíbrio, sobre responsabilidade, sobre amor e sobre a vida em geral. É um filme que nos engana pois tem um ritmo leve e divertido mas que por momentos nos deixar de coração apertado e - se forem como eu - acabam por derramar uma lágrima ou outra. O filme é lindo em vários aspectos seja na história, nas cores, na imagem ou na performance de Viggo Mortense - o pai. Canta-se A Sweet Child O' Mine em acústico numa das cenas mais bonitas do filme e se precisarem de mais um motivo para ver o filme acho que dizer que tem um final feliz é o suficiente.
Outro filme que vi este mês foi o Moonrise Kingdoom do realizador Wes Anderson. A história conta-se numa linha: um romance entre duas crianças que fogem apenas com o objectivo de serem felizes um com o outro. No entanto, assim que virem os primeiros segundo do filme vão perceber que é um filme diferente.  As cores são suaves e sem brilho como uma pintura a óleo. Existem muitos planos simétricos e todos os cenários envolventes parecem de brincar. As próprias personagens têm características estranhas e muito curiosas. Apesar da história em si ser muito querida este filme vale mesmo a pena por toda a realização que é muito interessante, diferente e intrigante.
A nova música dos Portugal. The Man - a Feel it Still - saiu no dia 2 de Março e têm-me acompanhado diariamente desde então. Apesar de não ser uma das minhas preferidas deles, transmite-me uma energia muito positiva e foi um bom pretexto para passar o mês todo a ouvir a And I, a Elephants, os acústicos e o álbum Evil Friends em repetição constante. Dos lançamentos novos tenho ainda que destacar o álbum Spirit dos Depeche Mode porque simplesmente não consigo parar de ouvir a Poison Heart, a Eternal ou a Where's The Revolution - ainda bem que o bilhete do Nos Alive já está comprado!

Algum favorito em comum? O que fizeram este mês?

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