Um pequeno vídeo sobre "Ser Espectador Hoje" e uma curta-metragem sobre sentimentos idealizados:
Ser Espectador Hoje
Realizado para a disciplina de Géneros Televisivos.
Sem Raízes
Realizado para a cadeira de Produção e Realização Televisiva.
Espero que gostem.
Nicole Kidman em Armani Privé - Primeiro foi um não. Fiz esta publicação sem o incluir mas depois, quanto mais o ia vendo pela Internet mais ia gostando dele. É arriscado e nada consensual mas é exactamente isso que o torna numa boa escolha. Adoro principalmente o tecido, o azul eléctrico e a forma como o combinou com o batom vermelho!
Margot Robbie em Chanel - Adoro a simplicidade, a leveza do corte e os amorosos detalhes nos ombros.
Emma Stone em Louis Vuitton - Gosto da ousadia, da confiança, do cetim e da combinação de cores. Uma das melhores da noite, sem dúvida.
Saoirse Ronan em Calvin Klein - Simples mas ao mesmo tempo encantador. Acho-o amoroso e aprecio o drama nas costas. No entanto, acho que mudava o comprimento ou então não porque se calhar lhe dá uma certa piada, não sei.
Sally Hawkins em Armani Privé - A medida certa de brilho e a dose exata de sofisticação, gosto imenso. Adoro a harmonia das cores e o fundo a lantejoulas pretas é a cereja no topo do bolo.
Timonthée Chalamet em Berluti - Deixar os tons escuros de lado e estar assim elegante e giro que dói não é para todos.
Meryl Streep em Dior - Um corte clássico e simples mas do qual gosto imenso. Além disso, vermelho é vermelho.
E os vossos preferidos quais foram?
"A Forma de Água" venceu ontem 4 óscares - poucos comparativamente às 13 nomeações mas a meu ver demasiados. Este filme do realizador Guilhermo del Toro promete um romance fantástico entre uma empregada de limpeza muda e uma criatura sobrenatural mas o que nos oferece é um filme que tenta bater a várias portas e que se distraí do tema principal. A acção decorre nos anos 60 em contexto de Guerra Fria entre a Rússia e os EUA. Parecia contexto suficiente para o romance e para toda a história central mas não, o argumento teve de ir tocar em todos os temas politicamente correctos. Temos uma personagem homossexual mal desenvolvida, uma cena aleatória que vai tocar no racismo e ainda um episódio de assédio sexual que nada acrescenta à história. Parece um filme construído de propósito para ganhar os Óscares com direito a todos os clichés e mais alguns.
Apoio filmes que toquem em temas pertinentes como um Moonlight, um Get Out ou um Call Me By Your Name porque é esse o seu objetivo e é por isso que o fazem tão bem. Aqui não. Eu queria um romance intenso, profundo e desenvolvido e não uma história de amor apressada. Queria criatividade e fantasia como o Guilherme del Toro fez tão bem no Labirinto de Fauno mas que aqui não foi suficiente. Queria cenas mágicas na água que durassem mais que uns segundos e que não se resolvessem com uma toalha a tapar a porta e uma casa-de-banho, nada credível, inundada até ao teto - sim, com uma simples toalha a tapar a porta ao fundo. E se fossem só estes os problemas estávamos bem. Por exemplo, nunca chegamos a perceber o porquê de terem cortado as cordas vocais a Elisa, interpretada por Sally Hawkins, em bebé. Já para não falar na personalidade forçada e mal desenvolvida do opositor desta história - aquele que pretende matar o ser humanóide - e de umas quantas cenas aleatórias e desnecessárias a ele associadas.
No entanto, o filme tem pontos positivos. Começa por nos mostrar a vida rotineira de Elisa e do seu vizinho e amigo Giles. Eles têm esta amizade bonita e solitária o que é um excelente ponto de partida para o romance. Elisa sente-se incompreendida pela sociedade por ser muda e encontra essa compreensão no homem-peixe uma vez que ele também não consegue falar e não a "vê como incompleta". Uma mensagem lindíssima e o discurso em linguagem gestual onde isto é mostrado é dos momentos mais bonitos do filme. Assim, como as cenas em que o romance se desenvolve e onde eles comunicam por língua gestual ou através da música. [mas mesmo assim queria mais].
Também a imagem e a banda sonora são pontos fortes do filme. O ambiente é rico em tons de verde-água que nos remetem constantemente para o elemento água e que trazem alguma magia ao filme. Estas tonalidades aparecem nas fardas de limpeza, nos autocarros, na casa das personagens e em diversos pontos - é tudo azul esverdado e isso é bonito.
Para terminar, resta-me apenas dizer que acho a entrega do prémio de melhor realizador aceitável - apesar de preferir o trabalho do Paul Thomas Anderson no filme Linha Fantasma - porque a realização é, provavelmente, a melhor parte do filme. No entanto, no que diz respeito à estatueta de melhor filme não posso mesmo concordar. Preferia ver o prémio atribuído ao Três Cartazes à Beira da Estrada, ao Call Me By Our Name e até ao Linha Fantasma. E vocês, o que acham? Qual teria sido o vosso vencedor?
Foi construído em 1768 e fez 250 anos no início deste mês de Fevereiro. Fica localizado na Calçada da Ajuda - cinco minutos a pé do Palácio - e é um pequeno Versailles tropical de dois andares no coração de Lisboa. No primeiro terraço os arbustos e árvores organizam-se em formas geométricas circundando as fontes de estilo barroco que ali se encontram. A maior, a Fonte das 40 Bicas, encontra-se bem no centro e chama a nossa atenção pelas serpentes e cavalos-marinhos que jorram água para o céu.
Bem no centro está também a escadaria neo-clássica com a estátua do Infante D. José cujos degraus dão acesso ao segundo terraço. Ali, além da fantástica vista para a ponte 25 de Abril e para o Tejo, encontramos árvores de vários pontos do mundo. Algumas delas têm raízes tão profundas e dimensões tão elevadas que percebemos de imediato que estão ali há séculos. É giro imaginar as histórias que elas nos poderiam contas se falassem.
Há uma árvore que tenho de destacar, chama-se Schotia Afra e parece um pequeno alpendre pela sua estrutura e pelos bancos que se abrigam debaixo dela, é um cantinho mesmo amoroso. Neste terraço existem ainda algumas estufas - que estavam fechadas quando visitei - onde podemos ver várias espécies de suculentas ou orquídeas.
Uma visita que vale mesmo a pena para uma tarde de Domingo e que se possível se deve arrastar até ao pôr-do-sol. É incrível como depois de mais de dois anos a viver em Lisboa ainda se encontram sítios novos para explorar - em breve falar-vos-ei de outro. Esta cidade tem mais recantos escondidos que aqueles que aparenta.
Informações
Os preços de entrada no jardim são de 2 euros para adultos, 1 euro para estudantes e maiores de 65 anos, 5 euros para famílias e grátis para estudantes da Universidade de Lisboa e crianças com menos de seis anos. Como o jardim está a celebrar o seu aniversário existem várias atividades a acontecer - podem ler mais AQUI. Além disso, o espaço têm também um restaurante onde, pelo que percebi, se podem realizar festas de aniversários e outros eventos.